Salmo 79: O povo pede castigo contra os inimigos

Salmo de Asafe

  1. Ó Deus, as nações invadiram a tua herança, profanaram o teu santo templo, reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.
  2. Deram os cadáveres dos teus servos por cibo às aves dos céus e a carne dos teus santos, às feras da terra.
  3. Derramaram como água o sangue deles ao redor de Jerusalém, e não houve quem lhes desse sepultura.
  4. Tornamo-nos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que nos rodeiam.
  5. Até quando, SENHOR? Será para sempre a tua ira? Arderá como fogo o teu zelo?
  6. Derrama o teu furor sobre as nações que te não conhecem e sobre os reinos que não invocam o teu nome.
  7. Porque eles devoraram a Jacó e lhe assolaram as moradas.
  8. Não recordes contra nós as iniqüidades de nossos pais; apressem-se ao nosso encontro as tuas misericórdias, pois estamos sobremodo abatidos.
  9. Assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome.
  10. Por que diriam as nações: Onde está o seu Deus? Seja, à nossa vista, manifesta entre as nações a vingança do sangue que dos teus servos é derramado.
  11. Chegue à tua presença o gemido do cativo; consoante a grandeza do teu poder, preserva os sentenciados à morte.
  12. Retribui, Senhor, aos nossos vizinhos, sete vezes tanto, o opróbrio com que te vituperaram.
  13. Quanto a nós, teu povo e ovelhas do teu pasto, para sempre te daremos graças; de geração em geração proclamaremos os teus louvores.

Salmo 78: A providência divina na história do seu povo

Salmo didático de Asafe

  1. Escutai, povo meu, a minha lei; prestai ouvidos às palavras da minha boca.
  2. Abrirei os lábios em parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos.
  3. O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais,
  4. não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez.
  5. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos,
  6. a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes;
  7. para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos;
  8. e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus.
  9. Os filhos de Efraim, embora armados de arco, bateram em retirada no dia do combate.
  10. Não guardaram a aliança de Deus, não quiseram andar na sua lei;
  11. esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes mostrara.
  12. Prodígios fez na presença de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoã.
  13. Dividiu o mar e fê-los seguir; aprumou as águas como num dique.
  14. Guiou-os de dia com uma nuvem e durante a noite com um clarão de fogo.
  15. No deserto, fendeu rochas e lhes deu a beber abundantemente como de abismos.
  16. Da pedra fez brotar torrentes, fez manar água como rios.
  17. Mas, ainda assim, prosseguiram em pecar contra ele e se rebelaram, no deserto, contra o Altíssimo.
  18. Tentaram a Deus no seu coração, pedindo alimento que lhes fosse do gosto.
  19. Falaram contra Deus, dizendo: Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?
  20. Com efeito, feriu ele a rocha, e dela manaram águas, transbordaram caudais. Pode ele dar-nos pão também? Ou fornecer carne para o seu povo?
  21. Ouvindo isto, o SENHOR ficou indignado; acendeu-se fogo contra Jacó, e também se levantou o seu furor contra Israel;
  22. porque não creram em Deus, nem confiaram na sua salvação.
  23. Nada obstante, ordenou às alturas e abriu as portas dos céus;
  24. fez chover maná sobre eles, para alimentá-los, e lhes deu cereal do céu.
  25. Comeu cada qual o pão dos anjos; enviou-lhes ele comida a fartar.
  26. Fez soprar no céu o vento do Oriente e pelo seu poder conduziu o vento do Sul.
  27. Também fez chover sobre eles carne como poeira e voláteis como areia dos mares.
  28. Fê-los cair no meio do arraial deles, ao redor de suas tendas.
  29. Então, comeram e se fartaram a valer; pois lhes fez o que desejavam.
  30. Porém não reprimiram o apetite. Tinham ainda na boca o alimento,
  31. quando se elevou contra eles a ira de Deus, e entre os seus mais robustos semeou a morte, e prostrou os jovens de Israel.
  32. Sem embargo disso, continuaram a pecar e não creram nas suas maravilhas.
  33. Por isso, ele fez que os seus dias se dissipassem num sopro e os seus anos, em súbito terror.
  34. Quando os fazia morrer, então, o buscavam; arrependidos, procuravam a Deus.
  35. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha e o Deus Altíssimo, o seu redentor.
  36. Lisonjeavam-no, porém de boca, e com a língua lhe mentiam.
  37. Porque o coração deles não era firme para com ele, nem foram fiéis à sua aliança.
  38. Ele, porém, que é misericordioso, perdoa a iniqüidade e não destrói; antes, muitas vezes desvia a sua ira e não dá largas a toda a sua indignação.
  39. Lembra-se de que eles são carne, vento que passa e já não volta.
  40. Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto e na solidão o provocaram!
  41. Tornaram a tentar a Deus, agravaram o Santo de Israel.
  42. Não se lembraram do poder dele, nem do dia em que os resgatou do adversário;
  43. de como no Egito operou ele os seus sinais e os seus prodígios, no campo de Zoã;
  44. e converteu em sangue os rios deles, para que das suas correntes não bebessem.
  45. Enviou contra eles enxames de moscas que os devorassem e rãs que os destruíssem.
  46. Entregou às larvas as suas colheitas e aos gafanhotos, o fruto do seu trabalho.
  47. Com chuvas de pedra lhes destruiu as vinhas e os seus sicômoros, com geada.
  48. Entregou à saraiva o gado deles e aos raios, os seus rebanhos.
  49. Lançou contra eles o furor da sua ira: cólera, indignação e calamidade, legião de anjos portadores de males.
  50. Deu livre curso à sua ira; não poupou da morte a alma deles, mas entregou-lhes a vida à pestilência.
  51. Feriu todos os primogênitos no Egito, as primícias da virilidade nas tendas de Cam.
  52. Fez sair o seu povo como ovelhas e o guiou pelo deserto, como um rebanho.
  53. Dirigiu-o com segurança, e não temeram, ao passo que o mar submergiu os seus inimigos.
  54. Levou-os até à sua terra santa, até ao monte que a sua destra adquiriu.
  55. Da presença deles expulsou as nações, cuja região repartiu com eles por herança; e nas suas tendas fez habitar as tribos de Israel.
  56. Ainda assim, tentaram o Deus Altíssimo, e a ele resistiram, e não lhe guardaram os testemunhos.
  57. Tornaram atrás e se portaram aleivosamente como seus pais; desviaram-se como um arco enganoso.
  58. Pois o provocaram com os seus altos e o incitaram a zelos com as suas imagens de escultura.
  59. Deus ouviu isso, e se indignou, e sobremodo se aborreceu de Israel.
  60. Por isso, abandonou o tabernáculo de Siló, a tenda de sua morada entre os homens,
  61. e passou a arca da sua força ao cativeiro, e a sua glória, à mão do adversário.
  62. Entregou o seu povo à espada e se encolerizou contra a sua própria herança.
  63. O fogo devorou os jovens deles, e as suas donzelas não tiveram canto nupcial.
  64. Os seus sacerdotes caíram à espada, e as suas viúvas não fizeram lamentações.
  65. Então, o Senhor despertou como de um sono, como um valente que grita excitado pelo vinho;
  66. fez recuar a golpes os seus adversários e lhes cominou perpétuo desprezo.
  67. Além disso, rejeitou a tenda de José e não elegeu a tribo de Efraim.
  68. Escolheu, antes, a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amava.
  69. E construiu o seu santuário durável como os céus e firme como a terra que fundou para sempre.
  70. Também escolheu a Davi, seu servo, e o tomou dos redis das ovelhas;
  71. tirou-o do cuidado das ovelhas e suas crias, para ser o pastor de Jacó, seu povo, e de Israel, sua herança.
  72. E ele os apascentou consoante a integridade do seu coração e os dirigiu com mãos precavidas.

Salmo 77: As grandes obras e a misericórdia de Deus

Ao mestre de canto, Jedutum. Salmo de Asafe.

  1. Elevo a Deus a minha voz e clamo, elevo a Deus a minha voz, para que me atenda.
  2. No dia da minha angústia, procuro o Senhor; erguem-se as minhas mãos durante a noite e não se cansam; a minha alma recusa consolar-se.
  3. Lembro-me de Deus e passo a gemer; medito, e me desfalece o espírito.
  4. Não me deixas pregar os olhos; tão perturbado estou, que nem posso falar.
  5. Penso nos dias de outrora, trago à lembrança os anos de passados tempos.
  6. De noite indago o meu íntimo, e o meu espírito perscruta.
  7. Rejeita o Senhor para sempre? Acaso, não torna a ser propício?
  8. Cessou perpetuamente a sua graça? Caducou a sua promessa para todas as gerações?
  9. Esqueceu-se Deus de ser benigno? Ou, na sua ira, terá ele reprimido as suas misericórdias?
  10. Então, disse eu: isto é a minha aflição; mudou-se a destra do Altíssimo.
  11. Recordo os feitos do SENHOR, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade.
  12. Considero também nas tuas obras todas e cogito dos teus prodígios.
  13. O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus?
  14. Tu és o Deus que operas maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder.
  15. Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José.
  16. Viram-te as águas, ó Deus; as águas te viram e temeram, até os abismos se abalaram.
  17. Grossas nuvens se desfizeram em água; houve trovões nos espaços; também as suas setas cruzaram de uma parte para outra.
  18. O ribombar do teu trovão ecoou na redondeza; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.
  19. Pelo mar foi o teu caminho; as tuas veredas, pelas grandes águas; e não se descobrem os teus vestígios.
  20. O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão.

Salmo 76: A majestade e o poder de Deus

Ao mestre de canto, com instrumentos de cordas. Salmo de Asafe. Cântico.

  1. Conhecido é Deus em Judá; grande, o seu nome em Israel.
  2. Em Salém, está o seu tabernáculo, e, em Sião, a sua morada.
  3. Ali, despedaçou ele os relâmpagos do arco, o escudo, a espada e a batalha.
  4. Tu és ilustre e mais glorioso do que os montes eternos.
  5. Despojados foram os de ânimo forte; jazem a dormir o seu sono, e nenhum dos valentes pode valer-se das próprias mãos.
  6. Ante a tua repreensão, ó Deus de Jacó, paralisaram carros e cavalos.
  7. Tu, sim, tu és terrível; se te iras, quem pode subsistir à tua vista?
  8. Desde os céus fizeste ouvir o teu juízo; tremeu a terra e se aquietou,
  9. ao levantar-se Deus para julgar e salvar todos os humildes da terra.
  10. Pois até a ira humana há de louvar-te; e do resíduo das iras te cinges.
  11. Fazei votos e pagai-os ao SENHOR, vosso Deus; tragam presentes todos os que o rodeiam, àquele que deve ser temido.
  12. Ele quebranta o orgulho dos príncipes; é tremendo aos reis da terra.

Salmo 75: Deus é juíz

Ao mestre de canto, segundo a melodia “Não destruas”. Salmo de Asafe. Cãntico.

  1. Graças te rendemos, ó Deus; graças te rendemos, e invocamos o teu nome, e declaramos as tuas maravilhas.
  2. Pois disseste: Hei de aproveitar o tempo determinado; hei de julgar retamente.
  3. Vacilem a terra e todos os seus moradores, ainda assim eu firmarei as suas colunas.
  4. Digo aos soberbos: não sejais arrogantes; e aos ímpios: não levanteis a vossa força.
  5. Não levanteis altivamente a vossa força, nem faleis com insolência contra a Rocha.
  6. Porque não é do Oriente, não é do Ocidente, nem do deserto que vem o auxílio.
  7. Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta.
  8. Porque na mão do SENHOR há um cálice cujo vinho espuma, cheio de mistura; dele dá a beber; sorvem-no, até às escórias, todos os ímpios da terra.
  9. Quanto a mim, exultarei para sempre; salmodiarei louvores ao Deus de Jacó.
  10. Abaterei as forças dos ímpios; mas a força dos justos será exaltada.

Salmo 74: Lamento por causa da profanação

Salmo didático de Asafe

  1. Por que nos rejeitas, ó Deus, para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?
  2. Lembra-te da tua congregação, que adquiriste desde a antiguidade, que remiste para ser a tribo da tua herança; lembra-te do monte Sião, no qual tens habitado.
  3. Dirige os teus passos para as perpétuas ruínas, tudo quanto de mal tem feito o inimigo no santuário.
  4. Os teus adversários bramam no lugar das assembléias e alteiam os seus próprios símbolos.
  5. Parecem-se com os que brandem machado no espesso da floresta,
  6. e agora a todos esses lavores de entalhe quebram também, com machados e martelos.
  7. Deitam fogo ao teu santuário; profanam, arrasando-a até ao chão, a morada do teu nome.
  8. Disseram no seu coração: Acabemos com eles de uma vez. Queimaram todos os lugares santos de Deus na terra.
  9. Já não vemos os nossos símbolos; já não há profeta; nem, entre nós, quem saiba até quando.
  10. Até quando, ó Deus, o adversário nos afrontará? Acaso, blasfemará o inimigo incessantemente o teu nome?
  11. Por que retrais a mão, sim, a tua destra, e a conservas no teu seio?
  12. Ora, Deus, meu Rei, é desde a antiguidade; ele é quem opera feitos salvadores no meio da terra.
  13. Tu, com o teu poder, dividiste o mar; esmagaste sobre as águas a cabeça dos monstros marinhos.
  14. Tu espedaçaste as cabeças do crocodilo e o deste por alimento às alimárias do deserto.
  15. Tu abriste fontes e ribeiros; secaste rios caudalosos.
  16. Teu é o dia; tua, também, a noite; a luz e o sol, tu os formaste.
  17. Fixaste os confins da terra; verão e inverno, tu os fizeste.
  18. Lembra-te disto: o inimigo tem ultrajado ao SENHOR, e um povo insensato tem blasfemado o teu nome.
  19. Não entregues à rapina a vida de tua rola, nem te esqueças perpetuamente da vida dos teus aflitos.
  20. Considera a tua aliança, pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de violência.
  21. Não fique envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado.
  22. Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te de como o ímpio te afronta todos os dias.
  23. Não te esqueças da gritaria dos teus inimigos, do sempre crescente tumulto dos teus adversários.

Salmo 73: O problema da prosperidade dos maus

Salmo de Asafe

  1. Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo.
  2. Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos.
  3. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.
  4. Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio.
  5. Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens.
  6. Daí, a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto.
  7. Os olhos saltam-lhes da gordura; do coração brotam-lhes fantasias.
  8. Motejam e falam maliciosamente; da opressão falam com altivez.
  9. Contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra.
  10. Por isso, o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos.
  11. E diz: Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo?
  12. Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas.
  13. Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência.
  14. Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado.
  15. Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos.
  16. Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim;
  17. até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles.
  18. Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição.
  19. Como ficam de súbito assolados, totalmente aniquilados de terror!
  20. Como ao sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles.
  21. Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram,
  22. eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença.
  23. Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita.
  24. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.
  25. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.
  26. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
  27. Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo.
  28. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos.

Provérbio: A repreensão endurece a cerviz

  1. O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura.
  2. Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira.
  3. O homem que ama a sabedoria alegra a seu pai, mas o companheiro de prostitutas desperdiça os bens.
  4. O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna.
  5. O homem que lisonjeia a seu próximo arma-lhe uma rede aos passos.
  6. Na transgressão do homem mau, há laço, mas o justo canta e se regozija.
  7. Informa-se o justo da causa dos pobres, mas o perverso de nada disso quer saber.
  8. Os homens escarnecedores alvoroçam a cidade, mas os sábios desviam a ira.
  9. Se o homem sábio discute com o insensato, quer este se encolerize, quer se ria, não haverá fim.
  10. Os sanguinários aborrecem o íntegro, ao passo que, quanto aos retos, procuram tirar-lhes a vida.
  11. O insensato expande toda a sua ira, mas o sábio afinal lha reprime.
  12. Se o governador dá atenção a palavras mentirosas, virão a ser perversos todos os seus servos.
  13. O pobre e o seu opressor se encontram, mas é o SENHOR quem dá luz aos olhos de ambos.
  14. O rei que julga os pobres com eqüidade firmará o seu trono para sempre.
  15. A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.
  16. Quando os perversos se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a ruína deles.
  17. Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma.
  18. Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz.
  19. O servo não se emendará com palavras, porque, ainda que entenda, não obedecerá.
  20. Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele.
  21. Se alguém amimar o escravo desde a infância, por fim ele quererá ser filho.
  22. O iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as transgressões.
  23. A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra.
  24. O que tem parte com o ladrão aborrece a própria alma; ouve as maldições e nada denuncia.
  25. Quem teme ao homem arma ciladas, mas o que confia no SENHOR está seguro.
  26. Muitos buscam o favor daquele que governa, mas para o homem a justiça vem do SENHOR.
  27. Para o justo, o iníquo é abominação, e o reto no seu caminho é abominação ao perverso.

Provérbio: Dizeres antiéticos

  1. Fogem os perversos, sem que ninguém os persiga; mas o justo é intrépido como o leão.
  2. Por causa da transgressão da terra, mudam-se freqüentemente os príncipes, mas por um, sábio e prudente, se faz estável a sua ordem.
  3. O homem pobre que oprime os pobres é como chuva que a tudo arrasta e não deixa trigo.
  4. Os que desamparam a lei louvam o perverso, mas os que guardam a lei se indignam contra ele.
  5. Os homens maus não entendem o que é justo, mas os que buscam o SENHOR entendem tudo.
  6. Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso, nos seus caminhos, ainda que seja rico.
  7. O que guarda a lei é filho prudente, mas o companheiro de libertinos envergonha a seu pai.
  8. O que aumenta os seus bens com juros e ganância ajunta-os para o que se compadece do pobre.
  9. O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
  10. O que desvia os retos para o mau caminho, ele mesmo cairá na cova que fez, mas os íntegros herdarão o bem.
  11. O homem rico é sábio aos seus próprios olhos; mas o pobre que é sábio sabe sondá-lo.
  12. Quando triunfam os justos, há grande festividade; quando, porém, sobem os perversos, os homens se escondem.
  13. O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.
  14. Feliz o homem constante no temor de Deus; mas o que endurece o coração cairá no mal.
  15. Como leão que ruge e urso que ataca, assim é o perverso que domina sobre um povo pobre.
  16. O príncipe falto de inteligência multiplica as opressões, mas o que aborrece a avareza viverá muitos anos.
  17. O homem carregado do sangue de outrem fugirá até à cova; ninguém o detenha.
  18. O que anda em integridade será salvo, mas o perverso em seus caminhos cairá logo.
  19. O que lavra a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que se ajunta a vadios se fartará de pobreza.
  20. O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não passará sem castigo.
  21. Parcialidade não é bom, porque até por um bocado de pão o homem prevaricará.
  22. Aquele que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a penúria.
  23. O que repreende ao homem achará, depois, mais favor do que aquele que lisonjeia com a língua.
  24. O que rouba a seu pai ou a sua mãe e diz: Não é pecado, companheiro é do destruidor.
  25. O cobiçoso levanta contendas, mas o que confia no SENHOR prosperará.
  26. O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo.
  27. O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os olhos será cumulado de maldições.
  28. Quando sobem os perversos, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam.

Oração e Ato de Consagração do Menino Jesus de Praga

Amabilíssimo e miraculoso Menino Jesus de Praga, sois aclamado pelos inumeráveis e extraordinários favores que concedeis a todos que os invocam. Nossa alma, presa a Vossos divinos encantos de menino, nunca vos esquecerá. Hoje ela se recolhe sob Vosso manto real, para gozar da paz que nos prometestes e receber Vossa bênção divina, para deste modo crescer em santidade e virtudes. Por isto nos consagramos servilmente a Vosso santo serviço; queremos ser devotos ardorosos de Praga. Filhos de Vosso amor, corresponderemos à Vossa predileção por nossas almas, oferecendo-vos, agora e para sempre, tudo o que somos, tudo o que desejamos; a vida de nossos sentidos, as aspirações de nosso coração, os amores de nossas almas que vos pertencem por direito de filiação e dívida de conquista, ao nos criardes e nos redimirdes.

Divino Menino, Rei de Praga, Deus da Infância. Aceitai nosso oferecimento, tornai-o eficaz através de Vosso poder infinito para sermos Vossos por todo o sempre, na terra e no céu.

Amém.