Oração para pedir paz em casa (paz doméstica)

Senhora Santa Ana, vós que fostes escolhidas para trazer ao mundo da Rainha dos Anjos, Maria Santíssima, cocedei-me a graça de ver a paz voltar ao meu lar.
Auxiliai-me, Santa Ana, com o vosso patrocínio.

Em vós confia o meu coração. Vigiai os caminhos que conduzem à minha casa. Fechai as portas do meu lar aos intrigantes, aos maldizentes, aos invejosos, aos falsos amigos.

Afastai a necessidade, as tristezas, os malentendidos, a desunião. Protegei a todos os que habitam sob este teto, fazendos-os prosperarem no seu trabalho, livrarem-se das tentações do mundo, trilharem sempre o caminho da honestidade e do dever.

Senhora Santa Ana, vós que sempre vivestes em paz e harmonia com o vosso esposo, São Joaquim, atendei a minha prece, concedendo-me a graça de estar em meu lar, em constante harmonia com todos os meus, com todos os que vivem em minha companhia.

Senhora Santa Ana, ouvi o que vos digo: mulher forte, quem a terá por esposa? O seu valor não tem preço. Nela confia o marido. Amam-na os filhos. Obedecem-lhe os criados.

Estimam-na as amigas. Levanta-se à noite e cuida da sua casa. Abre a sua mão aos pobres e estende os braços aos necessitados. Faz os seus vestidos. O seu marido será venturoso. As suas palavras serão prudentes e a sabedoria residirá no seu coração.

Senhor Deus, Criador do Céu e da Terra, Vós que vos dignastes de conceder à Senhora Santa Ana a graça de ser genitora da Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos que por, intermédio da esposa de São Joaquim, sintamos o efeito da sua milagrosa intercessão e da sua benção sobre o meu lar. Sinal da Cruz. Assim seja.

(Rezar um Pai Nosso, uma Salve Rainha e três Ave Maria).

Oração hino da liturgia das horas de Santa Ana

A estrela dalva já brilha, já nova aurora reluz, o sol nascente vem vindo e banha o mundo de luz. Cristo é o sol da Justiça. Maria aurora radiante. Da lei a treva expulsando, ó Santa Ana, vais adiante.

Santa Ana fecunda raiz, que de Jessé germinou, produz o ramo florido do qual o Cristo brotou.

Mãe da Mãe santa de Cristo e tu, Joaquim, santo pai, pela grandeza da filha, nosso pedido escutai.

Louvor a vós, Jesus Cristo, que de uma Virgem nascestes. Louvor ao Pai e ao Espírito, lá nas alturas celestes.

Amém

História da Santa Ana

Imagem da Santa Ana Na Sagrada Escritura conta-se que a mãe de Samuel, Ana, na aflição da esterelidade que lhe tirava o privilégio da maternidade, dirigiu-se com fervorosa oração ao Senhor e fez promessa de consagrar ao serviço de Deus o futuro filho. Obtida a graça, após ter dado à luz o pequeno Samuel, levou-o a Silo, onde estava guardada a arca da aliança e o confiou ao sacerdote Eli, após tê-lo oferecido ao Senhor. Tomando isso como ponto de partida o Proto-evangelho de Tiago, apócrifo do século segundo, traça a história de Joaquim e Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria. A piedosa esposa de Joaquim, após longa esterelidade obteve do Senhor o nascimento de Maria, que aos três anos levou ao Templo, deixando-a ao serviço divino, cumprindo o voto feito.

O fundamento histórico provável, embora na discordante literatura apócrifa, é de algum modo revestido de elementos secundários, copiados da história da mãe de Samuel. Faltando no Evangelho qualquer menção dos pais de Nossa Senhora, não há outra fonte senão os apócrifos, nos quais não é impossivel encontrar, entre os predominantes elementos fantásticos, alguma informação autêntica, recolhida por antigas tradições orais. O culto para com os santos pais da Bem-aventurada Virgem é muito antigo, sobre os gregos sobretudo. No Oriente venerava-se santa Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo o Ocidente a partir do século X até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituida a festividade de santa Ana, enquanto são Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome que se revela em outros escritos apócrifos, posteriores ao Proto-evangelho de Tiago.

Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. Os dois santos eram comemorados separadamente: santa Ana a 25 de Julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584 também são Joaquim achou espaço no calendário litúrgico, primeiro a 20 de março, para passar ao domingo da oitava Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto em 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário litúrgico, no dia 26 de julho. “Pelos frutos conhecereis a árvore,” disse Jesus no Evangelho. Nós conhecemos a flor e o fruto suavíssimo vindo da velha planta: A Virgem Imaculada, isenta do pecado de origem desde o primeiro instante de sua concepção, por um privilégio único, para ser depois o tabernáculo vivo do Deus feito homem. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim.

  • Sincretismo da Santa Ana: Nãnã
  • Devoção da Santa Ana: Padroeira dos avós.
  • Data Comemorativa: 26 de Julho.