- Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer.
- Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria.
- A integridade dos retos os guia; mas, aos pérfidos, a sua mesma falsidade os destrói.
- As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte.
- A justiça do íntegro endireita o seu caminho, mas pela sua impiedade cai o perverso.
- A justiça dos retos os livrará, mas na sua maldade os pérfidos serão apanhados.
- Morrendo o homem perverso, morre a sua esperança, e a expectação da iniqüidade se desvanece.
- O justo é libertado da angústia, e o perverso a recebe em seu lugar.
- O ímpio, com a boca, destrói o próximo, mas os justos são libertados pelo conhecimento.
- No bem-estar dos justos exulta a cidade, e, perecendo os perversos, há júbilo.
- Pela bênção que os retos suscitam, a cidade se exalta, mas pela boca dos perversos é derribada.
- O que despreza o próximo é falto de senso, mas o homem prudente, este se cala.
- O mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de espírito o encobre.
- Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança.
- Quem fica por fiador de outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser estará seguro.
- A mulher graciosa alcança honra, como os poderosos adquirem riqueza.
- O homem bondoso faz bem a si mesmo, mas o cruel a si mesmo se fere.
- O perverso recebe um salário ilusório, mas o que semeia justiça terá recompensa verdadeira.
- Tão certo como a justiça conduz para a vida, assim o que segue o mal, para a sua morte o faz.
- Abomináveis para o SENHOR são os perversos de coração, mas os que andam em integridade são o seu prazer.
- O mau, é evidente, não ficará sem castigo, mas a geração dos justos é livre.
- Como jóia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição.
- O desejo dos justos tende somente para o bem, mas a expectação dos perversos redunda em ira.
- A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda.
- A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado.
- Ao que retém o trigo, o povo o amaldiçoa, mas bênção haverá sobre a cabeça do seu vendedor.
- Quem procura o bem alcança favor, mas ao que corre atrás do mal, este lhe sobrevirá.
- Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem.
- O que perturba a sua casa herda o vento, e o insensato é servo do sábio de coração.
- O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.
- Se o justo é punido na terra, quanto mais o perverso e o pecador!
Provérbio: O justo em contraste com o perverso
Provérbios de Salomão. O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.
- Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a justiça livra da morte.
- O SENHOR não deixa ter fome o justo, mas rechaça a avidez dos perversos.
- O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se.
- O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.
- Sobre a cabeça do justo há bênçãos, mas na boca dos perversos mora a violência.
- A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão.
- O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se.
- Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido.
- O que acena com os olhos traz desgosto, e o insensato de lábios vem a arruinar-se.
- A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos mora a violência.
- O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.
- Nos lábios do prudente, se acha sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de senso.
- Os sábios entesouram o conhecimento, mas a boca do néscio é uma ruína iminente.
- Os bens do rico são a sua cidade forte; a pobreza dos pobres é a sua ruína.
- A obra do justo conduz à vida, e o rendimento do perverso, ao pecado.
- O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado.
- O que retém o ódio é de lábios falsos, e o que difama é insensato.
- No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente.
- Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale muito pouco.
- Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos.
- A bênção do SENHOR enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto.
- Para o insensato, praticar a maldade é divertimento; para o homem inteligente, o ser sábio.
- Aquilo que teme o perverso, isso lhe sobrevém, mas o anelo dos justos Deus o cumpre.
- Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem perpétuo fundamento.
- Como vinagre para os dentes e fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.
- O temor do SENHOR prolonga os dias da vida, mas os anos dos perversos serão abreviados.
- A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá.
- O caminho do SENHOR é fortaleza para os íntegros, mas ruína aos que praticam a iniqüidade.
- O justo jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra.
- A boca do justo produz sabedoria, mas a língua da perversidade será desarraigada.
- Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, somente o mal.
Provérbio: O convite da mulher-loucura
- A loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma.
- Assenta-se à porta de sua casa, nas alturas da cidade, toma uma cadeira,
- para dizer aos que passam e seguem direito o seu caminho:
- Quem é simples, volte-se para aqui. E aos faltos de senso diz:
- As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável.
- Eles, porém, não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno.
Provérbio: O banquete da Sabedoria
- A Sabedoria edificou a sua casa, lavrou as suas sete colunas.
- Carneou os seus animais, misturou o seu vinho e arrumou a sua mesa.
- Já deu ordens às suas criadas e, assim, convida desde as alturas da cidade:
- Quem é simples, volte-se para aqui. Aos faltos de senso diz:
- Vinde, comei do meu pão e bebei do vinho que misturei.
- Deixai os insensatos e vivei; andai pelo caminho do entendimento.
- O que repreende o escarnecedor traz afronta sobre si; e o que censura o perverso a si mesmo se injuria.
- Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio, e ele te amará.
- Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência.
- O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência.
- Porque por mim se multiplicam os teus dias, e anos de vida se te acrescentarão.
- Se és sábio, para ti mesmo o és; se és escarnecedor, tu só o suportarás.
Provérbio: A eternidade da Sabedoria
- O SENHOR me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas.
- Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra.
- Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas.
- Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci.
- Ainda ele não tinha feito a terra, nem as amplidões, nem sequer o princípio do pó do mundo.
- Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face do abismo;
- quando firmava as nuvens de cima; quando estabelecia as fontes do abismo;
- quando fixava ao mar o seu limite, para que as águas não traspassassem os seus limites; quando compunha os fundamentos da terra;
- então, eu estava com ele e era seu arquiteto, dia após dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo;
- regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens.
- Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque felizes serão os que guardarem os meus caminhos.
- Ouvi o ensino, sede sábios e não o rejeiteis.
- Feliz o homem que me dá ouvidos, velando dia a dia às minhas portas, esperando às ombreiras da minha entrada.
- Porque o que me acha acha a vida e alcança favor do SENHOR.
- Mas o que peca contra mim violenta a própria alma. Todos os que me aborrecem amam a morte.
Provérbio: A excelência da Sabedoria
- Não clama, porventura, a Sabedoria, e o Entendimento não faz ouvir a sua voz?
- No cimo das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas ela se coloca;
- junto às portas, à entrada da cidade, à entrada das portas está gritando:
- A vós outros, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens.
- Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios, entendei a sabedoria.
- Ouvi, pois falarei coisas excelentes; os meus lábios proferirão coisas retas.
- Porque a minha boca proclamará a verdade; os meus lábios abominam a impiedade.
- São justas todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa torta, nem perversa.
- Todas são retas para quem as entende e justas, para os que acham o conhecimento.
- Aceitai o meu ensino, e não a prata, e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido.
- Porque melhor é a sabedoria do que jóias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela.
- Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e disponho de conhecimentos e de conselhos.
- O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço.
- Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria, eu sou o Entendimento, minha é a fortaleza.
- Por meu intermédio, reinam os reis, e os príncipes decretam justiça.
- Por meu intermédio, governam os príncipes, os nobres e todos os juízes da terra.
- Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham.
- Riquezas e honra estão comigo, bens duráveis e justiça.
- Melhor é o meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado; e o meu rendimento, melhor do que a prata escolhida.
- Ando pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo,
- para dotar de bens os que me amam e lhes encher os tesouros.
Provérbio: Mais advertências contra a mulher adútera
- Filho meu, guarda as minhas palavras e conserva dentro de ti os meus mandamentos.
- Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos.
- Ata-os aos dedos, escreve-os na tábua do teu coração.
- Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e ao Entendimento chama teu parente;
- para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com palavras.
- Porque da janela da minha casa, por minhas grades, olhando eu,
- vi entre os simples, descobri entre os jovens um que era carecente de juízo,
- que ia e vinha pela rua junto à esquina da mulher estranha e seguia o caminho da sua casa,
- à tarde do dia, no crepúsculo, na escuridão da noite, nas trevas.
- Eis que a mulher lhe sai ao encontro, com vestes de prostituta e astuta de coração.
- É apaixonada e inquieta, cujos pés não param em casa;
- ora está nas ruas, ora, nas praças, espreitando por todos os cantos.
- Aproximou-se dele, e o beijou, e de cara impudente lhe diz:
- Sacrifícios pacíficos tinha eu de oferecer; paguei hoje os meus votos.
- Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei.
- Já cobri de colchas a minha cama, de linho fino do Egito, de várias cores;
- já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo.
- Vem, embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã; gozemos amores.
- Porque o meu marido não está em casa, saiu de viagem para longe.
- Levou consigo um saquitel de dinheiro; só por volta da lua cheia ele tornará para casa.
- Seduziu-o com as suas muitas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o arrastou.
- E ele num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro; como o cervo que corre para a rede,
- até que a flecha lhe atravesse o coração; como a ave que se apressa para o laço, sem saber que isto lhe custará a vida.
- Agora, pois, filho, dá-me ouvidos e sê atento às palavras da minha boca;
- não se desvie o teu coração para os caminhos dela, e não andes perdido nas suas veredas;
- porque a muitos feriu e derribou; e são muitos os que por ela foram mortos.
- A sua casa é caminho para a sepultura e desce para as câmaras da morte.
Provérbio: Advertência contra a mulher adúltera
- Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe;
- ata-os perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao pescoço.
- Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo.
- Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida;
- para te guardarem da vil mulher e das lisonjas da mulher alheia.
- Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te deixes prender com as suas olhadelas.
- Por uma prostituta o máximo que se paga é um pedaço de pão, mas a adúltera anda à caça de vida preciosa.
- Tomará alguém fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem?
- Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés?
- Assim será com o que se chegar à mulher do seu próximo; não ficará sem castigo todo aquele que a tocar.
- Não é certo que se despreza o ladrão, quando furta para saciar-se, tendo fome?
- Pois este, quando encontrado, pagará sete vezes tanto; entregará todos os bens de sua casa.
- O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa.
- Achará açoites e infâmia, e o seu opróbrio nunca se apagará.
- Porque o ciúme excita o furor do marido; e não terá compaixão no dia da vingança.
- Não se contentará com o resgate, nem aceitará presentes, ainda que sejam muitos.
Provérbio: Advertência contra a maldade
- O homem de Belial, o homem vil, é o que anda com a perversidade na boca,
- acena com os olhos, arranha com os pés e faz sinais com os dedos.
- No seu coração há perversidade; todo o tempo maquina o mal; anda semeando contendas.
- Pelo que a sua destruição virá repentinamente; subitamente, será quebrantado, sem que haja cura.
- Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina:
- olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,
- coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal,
- testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.
Provérbio: Advertência contra a preguiça
- Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio.
- Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante,
- no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento.
- Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?
- Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso,
- assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado.